O poder de perdoar é a chave para a paz, felicidade e saúde. O perdão é uma das respostas mais poderosas que poderíamos ter, mas os passos para perdoar os outros e a nós mesmo podem ser extremamente difíceis.
Caso você seja alguém religioso, saiba que o perdão é um elemento básico da sua fé. Afirmam que Cristo morreu para que nós fossemos capazes de receber o perdão e, assim, aprendermos a perdoar os outros, até mesmo aqueles que consideramos indignos de perdão, como assassinos, estupradores, ex-cônjuges, pais ruins, filhos maus, etc. Até mesmo essas pessoas merecem o perdão, pois ninguém é inatamente má. O que ocorre com essas pessoas é muito além do que somos capazes de enxergar. São indivíduos com feridas e cicatrizes tão profundas e não curadas que somos incapazes de compreender.
É preciso estar em um nível muito elevado de consciência para perceber que todas as pessoas e circunstâncias são dignas de perdão.
Consigo ouvir daqui o seu pensamento gritando “Algumas pessoas não merecem ser perdoadas depois da atrocidade que fizeram.” E eu realmente concordo que ainda não estou em um estágio tão elevado para perdoar determinadas situações, mas a questão não é o que eu acho ou deixo de achar, a questão é que o perdão é realmente uma ferramenta poderosa, e bastante complicada.
A maioria das pessoas que já cometeram algum tipo de maldade estão, na verdade, pedindo ajuda e nós não podemos curar uma ação negativa com outra ação negativa.
O poder do auto-perdão para se curar
Quantas vezes você já falhou consigo? Quantos erros você já cometeu com você e com outras pessoas? Pois é, eu já e foram inúmeras vezes.
O auto-perdão, assim como a auto-compaixão, auto-aceitação e amor próprio levam a uma cura emocional profunda.
Muitos de nós acreditamos que fizemos coisas imperdoáveis. Quando olhamos profundamente pra dentro de nós mesmos, somos capazes de enxergar além dos olhos externos. Mas, acredite, essa sensação de que não merecemos perdão nada mais é que amor. Nos consideramos imperdoáveis na esperança de nunca mais cometermos os mesmos erros porque não queremos mais machucar as pessoas ou a nós mesmo. Isso geralmente é uma escolha do nosso subconsciente.
Embora no fundo seja um ato de amor, reter o nosso perdão nos afasta da nossa missão de vida e limita a nossa capacidade de se amar de verdade. Quando isso acontece tendemos a tomar atitudes desequilibradas que geralmente acarretam consequências desequilibradas e nos causam estresse e ansiedade.
Desta forma o ciclo não se romperá e você passará o resto da vida agindo da mesma maneira e voltando a cometer os mesmos erros que te tornaram uma pessoa imperdoável.
Isso não acontece porque você é “mau” e não deve ser perdoado. Isso acontece porque você carrega dentro do seu subconsciente a frase “Eu acredito que sou ruim” ou “Eu acredito que não mereço perdão”. E, pela lei da atração, atraímos aquilo que emanamos.
Não se culpe
Você não fez nada de errado. Entenda isso e inicie o processo de auto-perdão. Relembre alguma das suas experiências passadas que te traga vergonha ou culpa e analise qual foi o verdadeiro motivo ou sua verdadeira intenção para fazer o que fez. Se você olhar pra dentro, realmente irá perceber que sua intenção era cuidar de si mesmo ou de alguém que você gosta e achou que aquela seria a melhor maneira.
Você pode ter tido uma percepção limitada das opções do momento e talvez por isso tenha feito tal escolha e hoje você ainda se culpa pelos resultados, mas você precisa lembrar dos reais motivos, porque eu tenho certeza que você fez o melhor que pôde. Todas as suas ações vieram do instinto humano de se colocar em primeiro lugar, amar a si mesmo. Por isso, não se julgue tanto.
O universo te ama incondicionalmente, portanto você tem permissão total para se amar incondicionalmente também.
Está mais que na hora de abandonar o fardo pesado, de parar de se bater, se mutilar e aprender a se perdoar. Em nosso processo de aprendizado sempre iremos olhar pra trás e ver como podíamos ter reagido diferente em determinadas situações, mas como sabemos estamos em evolução constantemente, e talvez o que você faça hoje será repudiado por quem você será no futuro. Está tudo bem nisso!
Atos extremos são movidos por algo
Até mesmo os atos mais extremos são motivados por uma tentativa de auto-amor. Você pode discordar do que irei dizer, mas até mesmo em um assassinato houve a necessidade de se amar acima do outro, pois ele acreditava que de fato fazer aquilo iria mudar sua situação.
Não que eu seja à favor ou que eu ache que isso está correto, muito pelo contrário. Estou apenas te mostrando que tudo que fazemos, incluindo as coisas ruins, são auto perdoáveis, pois sempre fazemos pensando em nós.
Se dar prioridade está longe de ser um ato egoísta, na maioria das vezes é apenas uma maneira de se amar acima de tudo e isso não está errado.
Perdoe-se: Não podemos dar o que não temos. Se retermos o amor dos outros, é porque estamos retendo isso de nós mesmo. Se não conseguimos aceitar isso é porque ainda não somos capazes de nos perdoar totalmente