Sempre se conhece alguém que apresente algum tipo de transtorno mental. Ansiedade, depressão, pânico, distúrbios alimentares dentre muitos podem afetar uma pessoa no transcorrer de sua vida acarretando sofrimento e incapacidade para exercer as funções naturais do dia a dia.
Mas fecham-se os olhos e afasta-se do convívio essas pessoas. Essas pessoas ainda provocam medo, distanciamento ao invés de provocarem entendimento, aceitação e tratamento. Isso apenas faz com que a pessoa que apresente transtorno mental se isole, e sem nenhum apoio não procure tratamento para seu problema.
A saúde mental é tão importante quanto à saúde do corpo. Mas buscam-se os médicos para o tratamento corporal e foge-se do psiquiatra e psicólogo pelo medo de ganhar o rotulo de “louco, esquisito, pinel, e para os mais elitizados: excêntrico”. A família na maioria das vezes tem vergonha de apresentar uma pessoa que tenha qualquer tipo de transtorno mental e com isso tenta inseri-la na sociedade como se ela nada tivesse a ser tratado. E com isso, apenas ratifica o preconceito contra o tratamento da doença mental.
Também o desconhecimento, a falta de informação, faz com crie-se curas populares como: “nada que um tanque de roupas e um fogão não curem”, quando na verdade a pessoa pode estar vivendo um quadro de depressão.
A origem da doença mental é multifatorial. A predisposição genética, a química cerebral, e a historia de vida de uma pessoa somados aos traumas de infância são fatores que podem provocar transtornos mentais.
Observam-se no Brasil campanhas para prevenção contra alguns tipos de doenças físicas, mas não se observa nenhuma campanha esclarecedora para a população quanto a Doença Mental. Ainda a Doença Mental no Brasil é tratada com o um enorme descaso, baseado nos pilares da ignorância, desrespeito e preconceito.
A doença mental é tratável e respondem bem ao tratamento medicamentoso e também a tratamentos psicológicos quando associados baseados em pesquisas realizadas por cientistas em todo o mundo. A maior dificuldade é o estigma que ainda carrega a pessoa que encontra-se nessa situação, uma vez que as barreiras para o atendimento ainda são enormes sendo as maiores a ignorância quanto ao assunto e o preconceito quanto a esse tipo de doença. A pessoa necessita de compreensão e afeto como qualquer outra, mas acaba-se isolando e nada recebendo.
Não tratar uma pessoa portadora de qualquer tipo de transtorno mental é crime. Ainda não um crime a ser punido judicialmente, mas um crime contra a ética, a lealdade e quanto aos direitos de um ser humano.
Hoje as pessoas não são retiradas do convívio social para manicômios, no entanto continuam isoladas, excluídas, abandonadas e marginalizadas.
Portanto, proponho que façamos serias e severas exigências para que o Ministério da Saúde promova campanhas nacionais de esclarecimento e de orientação para que a população consiga ao menos entender melhor o que é uma doença mental e não se envergonhar de viver ou estar com um familiar nessa situação possibilitando a busca de tratamento adequado.
Conteúdo retirado do Blog Síndrome do Panico